Saturday, October 23, 2004
Os Grandes Piratas
Sob as circunstâncias quotidianas atrofiadoras e limitadoras do conhecimento humano,os principais mestres exploradores globalmente informados que se faziam ao mar em breve compreenderam que a única competição que tinham a recear era a de outros poderosos fora da lei que podiam também conhecer ou esperar vir a descobrir o "segredo".Chamo a estes dominadores do mar os grandes fora-da-lei ou Grandes piratas--os G.P.´s--simplesmente porque as leis arbitrárias promulgadas ou impostas pelos humanos em terra não podiam ser efectivamente estendidas por forma a controlar os humanos que se encontravam para além das suas costas e se faziam ao mar.Por esta razão,os homens mundiais que se faziam ao mar eram inerentemente fora-da-lei,sendo as leis naturais as únicas que os podiam reger e efectivamente o faziam--as leis fisicas do universo que,quando tempestuoso,eram muitas vezes cruelmente devastadoras.O alto mar,conjugado com o nevoeiro e os recifes ocultos pela noite ,não perdoava.
Segue-se que,para decidir quem iria controlar os vastos mares e eventualmente o mundo,os Grandes Piratas entraram em conflitos mortais uns com os outros.As suas batalhas desenrolaram-se fora da vista da humanidade terrestre.A maioria dos vencidos afundaram-se sem que os historiadores se tivessem apercebido do facto.Os que ficaram à superficie e prosperaram fizeram-no devido às suas capacidades globais.Eram por isso a antítese dos especialistas.Eram muitos competentes em lidar com a navegação pelos astros,as tempestades,o mar,os homens,os navios,a economia,a biologia,a geografia,a história e as ciências.Quanto mais vasta fosse a sua estratégia antecipatória,tanto maior era o sucesso de que disfrutavam.
Mas até mesmo estes implacáveis,poderosos e brilhantes senhores dos mares precisavam ocasionalmente de dormir,de modo que acharam por bem rodear-se de analfabetos super-leais,corpulentos mas pouco inteligentes,que não descortinavam nem compreendiam os estrategemas dos seus mestres.A falta de inteligência destes acólitos proporcionava uma grande segurança.Os Grandes Piratas compreenderam que só as pessoas realmente espertas poderiam aspirar a derrubá-los,razão porque a sua estratégia principal era o segredo.Se os outros piratas não soubessem para onde eles se dirigiam,há quanto tempo haviam partido,ou quando tencionavam regresssar,não poderiam emboscá-los.Se constasse quando iam regressar à base,os piratas "de ocasião" poderiam meter-se nas suas pequenas embarcações e emboscá-los no escuro,capturando os seus navios precisamente antes de um cansado regresso à base,após dois anos de viagem à caça de tesouros.Esta pirataria de segunda ordem tornou-se uma actividade muito popular junto das costas e portos de todo o mundo.O segredo tornou-se assim a essência da vida dos piratas bem sucedidos.Daí que hoje se saiba tão pouco sobre o que estou a relatar.
Leonardo da Vince constitui o melhor exemplo do cientista do design globalmente antecipatório.Operando sob a protecção do Duque de Milão,da Vince concebeu defesas fortificadas,armamento e também utensílios destinados à produção pacífica.Muitos outros grandes poderes militares dispunham também dos seus próprios inventores cientistas-artistas do design global;Miguel Angelo foi um deles.
Finalmente,os Leonardos embarcados tornaram-se Capitães dos navios ou mesmo Almirantes das Frotas ou Comandantes dos Estaleiros Navais,onde concebiam e construíam as frotas,ou tornaram-se comandantes das academias navais,onde conceberam e desenvolveram a estratégia global para dominar o mundo no século seguinte.Isto incluia não só o design da rede de rotas marítimas em redor do mundo e dos navios necessários para cada missão,mas também o design das intalações industriais e operações mineiras mundiais e estaleiros para a produção e manutenção dos navios.Este planeamento ao estilo de Leonardo inaugorou a concepção em larga escala da actual industrialização mundial.Quando,para lidarem com as logísticas,os Grandes Piratas começaram a construir navios de aço,altos fornos e redes de caminho de ferro,os Leonardos reapareceram momentaneamente na forma de homens como Telford,que construiu os caminhos de ferro,túneis e pontes da Inglaterra,para além do primeiro grande navio a vapor.O leitor poderá perguntar: "Não é ao Império Britânico que se está a referir?"A minha resposta é: Não!O designado Império Britânico não passa de uma manifestação do equívoco mundial sobre os reais detentores do poder,sendo revelador da extensão da ignorância popular sobre o controlo mundial absoluto de que disfrutavam os Grandes Piratas através dos seus soberanos-fantoches locais e dos seus primeiro-ministros,e apenas inocuamente modificado aqui e ali pelos processos democráticos internos das diferentes soberanias.
in Manual de Instruções para a Nave Espacial Terra,de R.Buckminster Fuller
Serão estes os Grandes Piratas dos nossos dias?: www.fleshingoutskullandbones.com
Segue-se que,para decidir quem iria controlar os vastos mares e eventualmente o mundo,os Grandes Piratas entraram em conflitos mortais uns com os outros.As suas batalhas desenrolaram-se fora da vista da humanidade terrestre.A maioria dos vencidos afundaram-se sem que os historiadores se tivessem apercebido do facto.Os que ficaram à superficie e prosperaram fizeram-no devido às suas capacidades globais.Eram por isso a antítese dos especialistas.Eram muitos competentes em lidar com a navegação pelos astros,as tempestades,o mar,os homens,os navios,a economia,a biologia,a geografia,a história e as ciências.Quanto mais vasta fosse a sua estratégia antecipatória,tanto maior era o sucesso de que disfrutavam.
Mas até mesmo estes implacáveis,poderosos e brilhantes senhores dos mares precisavam ocasionalmente de dormir,de modo que acharam por bem rodear-se de analfabetos super-leais,corpulentos mas pouco inteligentes,que não descortinavam nem compreendiam os estrategemas dos seus mestres.A falta de inteligência destes acólitos proporcionava uma grande segurança.Os Grandes Piratas compreenderam que só as pessoas realmente espertas poderiam aspirar a derrubá-los,razão porque a sua estratégia principal era o segredo.Se os outros piratas não soubessem para onde eles se dirigiam,há quanto tempo haviam partido,ou quando tencionavam regresssar,não poderiam emboscá-los.Se constasse quando iam regressar à base,os piratas "de ocasião" poderiam meter-se nas suas pequenas embarcações e emboscá-los no escuro,capturando os seus navios precisamente antes de um cansado regresso à base,após dois anos de viagem à caça de tesouros.Esta pirataria de segunda ordem tornou-se uma actividade muito popular junto das costas e portos de todo o mundo.O segredo tornou-se assim a essência da vida dos piratas bem sucedidos.Daí que hoje se saiba tão pouco sobre o que estou a relatar.
Leonardo da Vince constitui o melhor exemplo do cientista do design globalmente antecipatório.Operando sob a protecção do Duque de Milão,da Vince concebeu defesas fortificadas,armamento e também utensílios destinados à produção pacífica.Muitos outros grandes poderes militares dispunham também dos seus próprios inventores cientistas-artistas do design global;Miguel Angelo foi um deles.
Finalmente,os Leonardos embarcados tornaram-se Capitães dos navios ou mesmo Almirantes das Frotas ou Comandantes dos Estaleiros Navais,onde concebiam e construíam as frotas,ou tornaram-se comandantes das academias navais,onde conceberam e desenvolveram a estratégia global para dominar o mundo no século seguinte.Isto incluia não só o design da rede de rotas marítimas em redor do mundo e dos navios necessários para cada missão,mas também o design das intalações industriais e operações mineiras mundiais e estaleiros para a produção e manutenção dos navios.Este planeamento ao estilo de Leonardo inaugorou a concepção em larga escala da actual industrialização mundial.Quando,para lidarem com as logísticas,os Grandes Piratas começaram a construir navios de aço,altos fornos e redes de caminho de ferro,os Leonardos reapareceram momentaneamente na forma de homens como Telford,que construiu os caminhos de ferro,túneis e pontes da Inglaterra,para além do primeiro grande navio a vapor.O leitor poderá perguntar: "Não é ao Império Britânico que se está a referir?"A minha resposta é: Não!O designado Império Britânico não passa de uma manifestação do equívoco mundial sobre os reais detentores do poder,sendo revelador da extensão da ignorância popular sobre o controlo mundial absoluto de que disfrutavam os Grandes Piratas através dos seus soberanos-fantoches locais e dos seus primeiro-ministros,e apenas inocuamente modificado aqui e ali pelos processos democráticos internos das diferentes soberanias.
in Manual de Instruções para a Nave Espacial Terra,de R.Buckminster Fuller
Serão estes os Grandes Piratas dos nossos dias?: www.fleshingoutskullandbones.com
