Saturday, November 13, 2004
A Neuroeconomia
Um diagnóstico do sistema económico por Hagbarde Celine.Apesar de visar o sistema dos Estados Unidos dos anos 70/80 do século xx é uma análise apropriada a todo o sistema económico ocidental,em especial nesta era de globalização neoliberal.
"A sociedade deriva do sexo,das relações reprodutivas.Enquanto unidades de trabalho,os primeiros bandos tribais humanos mantiveram-se unidos pelos laços entre casais e grupos mamíferos(as emoções impressas de afeição e confiança).No centro,o eixo central,encontrava-se a ternura orgásmica--o acto partilhado,no acasalamento,do amor genital.Dele irradiou a ternura "sublimada" da relação entre pai e filho,irmão e irmã,e tios,tias e avós,toda a "familia alargada",ou bando caçador/recolector de alimentos.
O Estado conquistador,e a subsequente fissão da sociedade em classes distintas de priveligiados e carenciados,criou a pobreza.Enquanto instituição humana,a pobreza deriva da conquista,da formação de governos (o bando guerreiro invasor que ficava para reger as suas conquistas) e da instituição de "leis" perpetuando a divisão classista entre invasores e invadidos.
Como qualquer outro primata,o ser humano contém circuitos neurogenéticos prontos a serem impressos por laços de casal e laços de bando.O objectivo evolucionário destes laços continua a ser classicamente mamífero:assegurar a biossobrevivência e o status do bando,além de programar a maioria das sementes com os comportamentos heterossexuais-reprodutivos necessários à sobrevivência do bando,o que assegura por sua vez a biossobrevivência das gerações futuras.
A ascensão do Estado conquistador,do Estado feudal,e eventualmente do Estado capitalista moderno,minou e subverteu progressivamente os laços tribais de bando("a familia alargada").Na nação capitalista mais avançada,os EUA,subsistem muito poucos destes laços tribais.Muito poucos cidadãos americanos se deterão para boleias ou esmola aos pobres,não confiando sequer nos vizinhos.A maioria nem sequer conhece os vizinhos.Os comportamentos normais de bando,como a confiança,a solidariedade,a afeição,etc.,passíveis ainda de serem encontrados nas nações feudais,encontram-se aqui atrofiados.A raiz das célebres "anomias","ansiedades","alienações",etc.,da sociedade capitalista encontra-se nesta ausência de normais laços de bando.
Falando em termos etológicos,os circuitos onde normalmente são impressos os laços de bando sobrevivem ainda.(Poderíamos exprimir o mesmo pensamento em linguagem psicológica dizendo que a necessidade de assugurar a biossobrevivência se mantém ainda.)Esta constante mamífera deve ser satisfeita,e numa sociedade abstracta essa satisfação torna-se também abstracta.
Na sociedade capitalista,o dinheiro de papel torna-se a impressão da biossobrevivência.
William S. Burroughs comparou o capitalismo ao vício da heroína,assinalando os terríveis paralelos:o junkie precisa de doses regulares,o cidadão capitalista precisa igualmente de receber injecções regulares de dinheiro.Se não tiver droga,o viciado transforma-se num feixe espasmódico de ansiedades;se não tiver dinheiro,o cidadão capitalista atravessa um trauma de carência em tudo semelhante.Quando a droga escasseia,os junkies comportam-se de forma desesperada,chegando ao ponto de roubar e mesmo matar.Se o dinheiro escasseia,o cidadão capitalista também é capaz de roubar e matar.
É importante termos bem presente que estamos aqui a discutir comportamentos mamíferos tradicionais.Em pesquisas recentes,alguns chimpanzés foram ensinados a usar dinheiro.Indicam os relatórios que eles desenvolveram atitudes "americanas" normais para com esses ícones misteriosamente poderosos.A Pirâmide dos Illuminati,que vem impressa nas notas de dóllar(www.deceptiondollar.com www.conspiracyarchive.com/NWO/All_Seeing_Eye.htm
www.wealth4freedom.com/dollarbill.html ),e similares emblemas "mágicos",como a Fleur de Lys,a suástica,a àguia bicéfala,estrelas,luas,sóis,etc.,com que outra nações acharam por bem decorar as suas notas e documentos de estado,são intrísecos à "fantasmagoria"do monopólio que o Estado detém sobre o maná,ou energia psiquica.Temos aqui dois pedaços de papel verde;um é dinheiro,o outro não é.A diferença é o primeiro ter sido "abençoado" pelos feiticeiros do Tesouro.
O trabalhador capitalista vive num estado de ansiedade perpétua,em tudo semelhante ao viciado em opiáceos.Originalmente,a segurança da biossobrevivência,a neuroquímica da sensação de segurança,encontra-se sempre ligada a um poder externo.Esta cadeia condicionada dinheiro equivale a segurança,falta de dinheiro equivale a terror é reforçada sempre que vemos alguém ser "despedido" ou vivendo na miséria.Psicológicamente,este estado pode caracterizar-se como paranóia clínica de baixo grau.Politicamente,a manifestação deste desequilíbrio neuroquímico é conhecida por Fascismo:a mentalidade Archie bunker/Arnold Schickelgruber*/Richard Nixon.
(*Trocadilho com o nome do actor Arnold Schwarzenegger e o verdadeiro nome de Hitler,Adolf Schickelburger)
Como diz Leary,"A nossa vida social é agora dominada por restrições que o medo e a raiva impõem à liberdade(...)o medo e a violência restritiva podem tornar-se prazeres viciantes,reforçados por dirigentes esquizofrénicos e um sistema económico que depende da restrição da liberdade,da produção de medo e do incitamento ao comportamento violento".
Na metáfora perfeita de Desmond Morris,o macaco nu comporta-se tal qual um animal de zoológico:a essência da experiência da jaula é o desespero.No nosso caso,as grades da jaula são as intagívei regras impressas do jogo:as "grilhetas forjadas pela mente" de Blake.Somos literalmente o ceguinho que está a ser roubado.Abandonamos literalmente os nossos sentidos.O ícone condicionado,o dinheiro-símbolo,controla totalmente o nosso bem estar social.
www.nexusmagazine.com/articles.html
"A sociedade deriva do sexo,das relações reprodutivas.Enquanto unidades de trabalho,os primeiros bandos tribais humanos mantiveram-se unidos pelos laços entre casais e grupos mamíferos(as emoções impressas de afeição e confiança).No centro,o eixo central,encontrava-se a ternura orgásmica--o acto partilhado,no acasalamento,do amor genital.Dele irradiou a ternura "sublimada" da relação entre pai e filho,irmão e irmã,e tios,tias e avós,toda a "familia alargada",ou bando caçador/recolector de alimentos.
O Estado conquistador,e a subsequente fissão da sociedade em classes distintas de priveligiados e carenciados,criou a pobreza.Enquanto instituição humana,a pobreza deriva da conquista,da formação de governos (o bando guerreiro invasor que ficava para reger as suas conquistas) e da instituição de "leis" perpetuando a divisão classista entre invasores e invadidos.
Como qualquer outro primata,o ser humano contém circuitos neurogenéticos prontos a serem impressos por laços de casal e laços de bando.O objectivo evolucionário destes laços continua a ser classicamente mamífero:assegurar a biossobrevivência e o status do bando,além de programar a maioria das sementes com os comportamentos heterossexuais-reprodutivos necessários à sobrevivência do bando,o que assegura por sua vez a biossobrevivência das gerações futuras.
A ascensão do Estado conquistador,do Estado feudal,e eventualmente do Estado capitalista moderno,minou e subverteu progressivamente os laços tribais de bando("a familia alargada").Na nação capitalista mais avançada,os EUA,subsistem muito poucos destes laços tribais.Muito poucos cidadãos americanos se deterão para boleias ou esmola aos pobres,não confiando sequer nos vizinhos.A maioria nem sequer conhece os vizinhos.Os comportamentos normais de bando,como a confiança,a solidariedade,a afeição,etc.,passíveis ainda de serem encontrados nas nações feudais,encontram-se aqui atrofiados.A raiz das célebres "anomias","ansiedades","alienações",etc.,da sociedade capitalista encontra-se nesta ausência de normais laços de bando.
Falando em termos etológicos,os circuitos onde normalmente são impressos os laços de bando sobrevivem ainda.(Poderíamos exprimir o mesmo pensamento em linguagem psicológica dizendo que a necessidade de assugurar a biossobrevivência se mantém ainda.)Esta constante mamífera deve ser satisfeita,e numa sociedade abstracta essa satisfação torna-se também abstracta.
Na sociedade capitalista,o dinheiro de papel torna-se a impressão da biossobrevivência.
William S. Burroughs comparou o capitalismo ao vício da heroína,assinalando os terríveis paralelos:o junkie precisa de doses regulares,o cidadão capitalista precisa igualmente de receber injecções regulares de dinheiro.Se não tiver droga,o viciado transforma-se num feixe espasmódico de ansiedades;se não tiver dinheiro,o cidadão capitalista atravessa um trauma de carência em tudo semelhante.Quando a droga escasseia,os junkies comportam-se de forma desesperada,chegando ao ponto de roubar e mesmo matar.Se o dinheiro escasseia,o cidadão capitalista também é capaz de roubar e matar.
É importante termos bem presente que estamos aqui a discutir comportamentos mamíferos tradicionais.Em pesquisas recentes,alguns chimpanzés foram ensinados a usar dinheiro.Indicam os relatórios que eles desenvolveram atitudes "americanas" normais para com esses ícones misteriosamente poderosos.A Pirâmide dos Illuminati,que vem impressa nas notas de dóllar(www.deceptiondollar.com www.conspiracyarchive.com/NWO/All_Seeing_Eye.htm
www.wealth4freedom.com/dollarbill.html ),e similares emblemas "mágicos",como a Fleur de Lys,a suástica,a àguia bicéfala,estrelas,luas,sóis,etc.,com que outra nações acharam por bem decorar as suas notas e documentos de estado,são intrísecos à "fantasmagoria"do monopólio que o Estado detém sobre o maná,ou energia psiquica.Temos aqui dois pedaços de papel verde;um é dinheiro,o outro não é.A diferença é o primeiro ter sido "abençoado" pelos feiticeiros do Tesouro.
O trabalhador capitalista vive num estado de ansiedade perpétua,em tudo semelhante ao viciado em opiáceos.Originalmente,a segurança da biossobrevivência,a neuroquímica da sensação de segurança,encontra-se sempre ligada a um poder externo.Esta cadeia condicionada dinheiro equivale a segurança,falta de dinheiro equivale a terror é reforçada sempre que vemos alguém ser "despedido" ou vivendo na miséria.Psicológicamente,este estado pode caracterizar-se como paranóia clínica de baixo grau.Politicamente,a manifestação deste desequilíbrio neuroquímico é conhecida por Fascismo:a mentalidade Archie bunker/Arnold Schickelgruber*/Richard Nixon.
(*Trocadilho com o nome do actor Arnold Schwarzenegger e o verdadeiro nome de Hitler,Adolf Schickelburger)
Como diz Leary,"A nossa vida social é agora dominada por restrições que o medo e a raiva impõem à liberdade(...)o medo e a violência restritiva podem tornar-se prazeres viciantes,reforçados por dirigentes esquizofrénicos e um sistema económico que depende da restrição da liberdade,da produção de medo e do incitamento ao comportamento violento".
Na metáfora perfeita de Desmond Morris,o macaco nu comporta-se tal qual um animal de zoológico:a essência da experiência da jaula é o desespero.No nosso caso,as grades da jaula são as intagívei regras impressas do jogo:as "grilhetas forjadas pela mente" de Blake.Somos literalmente o ceguinho que está a ser roubado.Abandonamos literalmente os nossos sentidos.O ícone condicionado,o dinheiro-símbolo,controla totalmente o nosso bem estar social.
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Comments:
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De facto a sociedade produzida pela globalização anula muitos conceitos e procedimentos sentimentais como a amizade e a solariedade... Concordo plenamente.
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